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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Eu e meus pés 42;43;44

Todos vocês que me seguem sabem que emagreci 104 kg. Se ainda não sabe saiba agora lendo

http://elypaschoalick.blogspot.com/2011/06/como-passei-de-180-kg-para-78-kg.html

Então, lembra-se de mim gorda?
Eu era risonha, feliz e charmosa.
Nada me impedia de viver a vida!

Mesmo de sandálias havaiana porque meus pés estavam muito inchados e , como calço 42 no Brasil e 43-44 na Europa, não havia sapato que cabia em meus pés inchados.


Eu só ficava nervosa quando eu reclamava de alguma dor ou mal estar e os médicos e pessoas diziam a célebre frase condenatória: É A GORDURA!!!!

Costumava reclamar: Se eu tiver dor na orelha o médico diz que é a gordura... Que raiva!!!!

Mas não é que depois de emagrecer 104 quilos até minhas unhas encravadas melhoraram? Minha pressão arterial não subiu mais, minhas costas não doeram, meus joelhos não estalaram, minha respiração não ficou arfante, minha asma sumiu e até de roncar eu parei, ou melhor...diminuuiu...

E sapatos, agora eu os tenho de todos os modelos: botas, botinhas, botonas, baixos, altos, fechados, abertos... É uma beleza.

Hoje mesmo fui a uma loja aqui na Alemanha e comprei um sapato 43 que me serviu direitinho. Se eu fosse gorda ele não serveria com ceteza.

Olha aí eu e o missionário Luiz Pfeifer na porta da loja na Alemanha.



Bem, mas aí vai meu sapatinho, não é gracioso?



Gostaram do "sapatinho" que comprei na Alemanha? E olha que tinham varias cores para escolher.
Lembrei-me quando a única loja do Rio de janeiro que vendia sapato do meu número era uma loja na Ilha do Governador, especializada em pés de africanos e tinha na vitrine tenis 64. Uma vez entrei nesta loja que se chamava Lojas Saletes e comprei 10 tenis um de cada cor e com estrelinhas. Foi a primeira e única vez que vi tais tenis do meu tamanho.


Nunca mais, hoje se eu quiser um tenis tem que ser uns tais de UNISSEX que na verdade são masculinos.

 Hoje, em São paulo, no terminal do metrô Tatuapé há uma loja chamada Romão que vende sapatos de tamanho especiais.

Olha eu aí com as botas da Romão calçados. Eu brinco:

Já fui elefante e agora sou GIRAFA!

É salto para ninguém colocar defeito.

Hoje meus problemas com os pés são bem menores pois além de ter mais gente de pés grandes ainda não estou com os pés gordos.

Quando menina-moça sempre tive complexo de inferioridade e me achava a própria irmã da Cinderela que queria o príncipe mas para isto precisava cortar parte dos pés.

Aí mudei-me para São Paulo e encontrei uma Matarazzo, mulher muito rica,  que calçava o meu tamanho e aí ela me deu as formas dos sapatos e consegui um sapateiro que morava na Duque de Caxias, perto da rodoviária, que fazia sapatos usando aquela forma. Brincava e superava meu complexo de inferioridade com os pés grandes dizendo que eu tinha pés de rico. Até que passado uns anos ele morreu e lá fiquei eu com problemas novamente.

Depois uma aluna minha passou a calçar 41 e me dava alguns de seus sapatos, mas ficavam apertadinhos... mas tudo bem... depois engordei muito e só a sandália havaiana.

As irmãs da igreja bordavam as sandálias havaianas bem bonitas.

A Havaiana abriu franquias de sandálias costumizadas, corri para comprar, mas nada...

Que decepção!!!! As femininas íam somente até 39...40 no máximo.

Mas Deus que tudo olha e me providencia, assim que eu emagreci, mandou uma amiga minha me dar uma mala cheia de sapatos de todas as cores e todos os modelos que me serviam.

Foi uma festa.

E por aí vai... Já são quarenta e tantos anos que tenho este tamanho de pé... Mas agora com esta geração nova parece que as coisas vão melhorar.

Olha eu aí com minha outra bota preta. Que riqueza e fartura de calçados.



Ao fundo os tradicionais vendedores de castanhas assadas da Europa.

Mas precisei chegar aos 60 anos para ouvir o Luiz falando, ao olhar para meu "sapatinho alemão" que  ao embrulhar a vendedora esqueceu e colocou apenas um daqueles suportes para não amassar os sapatos: "Ely, ela esqueceu o outro remo!".

Ainda bem que eu amo muuito o Luiz e que Jesus já me curou da baixa estima e que eu consegui rir muito de meu sapato canoa. O pior é que quando eu era gorda se eu pusesse meus sapatos perto de minhas "calcinhas" as pessoas perguntavam quando é que eu ía velejar.rs, rs...rs...

Auto-estima boa é assim, me olho no espelho e me sinto um LEÂO!






Dizem que meu sapato é canoa e eu me sinto modelo de Renoir:




Brincadeiras à parte, quero aqui me solidarizar com todas as pés grandes que com certeza têm as mesmas dificuldades que eu.