A educadora e consultora em comportamento humano, Ely
Paschoalick, sugere que no lugar de ficarem bancando Pôncio Pilatos e lavando
as mãos do problema na procura de culpados, que conheçam e pratiquem as
possíveis soluções para Mudar a Escola, Melhorar a Educação: Transformar um
País – sugeridas no III Manifesto pela educação.
Neste início de ano, está circulando na mídia um filme, que é sugerido para os professores passarem aos pais nas primeiras reuniões do ano.
No referido filme/documentário, chamam os pais para uma
reunião numa tradicional escola do Rio de Janeiro e convidam os pais de alunos
da quarta série para realizarem a mesma prova que seus filhos realizaram. Filme
citado no vídeo: https://youtu.be/sPmpRO60m30
Jamais estou aqui fazendo apologia do final da família tradicionalmente constituída e muiuto menos negando a grande influência da família na formação do carater do indivíduo. Pelo contrário, compreendo que filhos de famílias disfuncionais necessitam de mais resiliência para superarem suas dificuldades enquanto filhos de famílias afetivamente ajustadas que oferecem alfabetização emocional a seus filhos, são indivíduos com maior elasticidade e adaptabilidade na solução de conflitos ou resolução de frustrações.
Quero enfocar aqui esta filosofia simplista que garante aos pais que participam do ensino de seus filhos o sucesso e aos que não participam o fracasso.
Talvez pelo fato de ser filha de educadores sociais (mãe alfabetizadora e pai Mestre Profissional) que por longos anos lecionaram e educaram meninos abandonados por suas famílias ou acautelados pelo governo, eu tenha desenvolvido dentro de mim e transferido para a minha prática educacional a crença de que o profissional da educação necessita se capacitar para educar, reeducar, alavancar, auxiliar e instruir o educando, constituindo uma relação de ganha/ganha; aprende/aprende.
Quero enfocar aqui esta filosofia simplista que garante aos pais que participam do ensino de seus filhos o sucesso e aos que não participam o fracasso.
Talvez pelo fato de ser filha de educadores sociais (mãe alfabetizadora e pai Mestre Profissional) que por longos anos lecionaram e educaram meninos abandonados por suas famílias ou acautelados pelo governo, eu tenha desenvolvido dentro de mim e transferido para a minha prática educacional a crença de que o profissional da educação necessita se capacitar para educar, reeducar, alavancar, auxiliar e instruir o educando, constituindo uma relação de ganha/ganha; aprende/aprende.
Quando escuto professores diagnosticando que meninos
problemas são problemas porque a família se furta de suas obrigações e
responsabilidades ou até mesmo que os melhores alunos são os acompanhados pelos
seus pais, fico a pensar que filosofia é esta que impulsiona os profissionais a
acharem um culpado para os problemas comportamentais, emocionais e de ensinagem?
Para mim, esta é uma
corrente filosófica que denomino de Pôncio Pilatos,(governador da Judéia na
época de Jesus http://pensador.uol.com.br/frase/OTgzNjA5/)
pois, assim como este lava suas mãos após ter condenado Jesus à morte, dizendo
que, para ele o homem é inocente mas, a multidão prefere Barrabás. Associo este
comportamento ao da escola que diz: O menino é bom e inteligente, mas nada podemos
fazer uma vez que a família não colabora.
Convido você a refletir se não seria melhor, quando a família não colabora o PROFISSIONAL DA
EDUCACAO ser capacitado para, sem o
auxílio da família, alavancar o aluno para o crescimento pessoal e
estudantil.
Outro aspecto da questão é que esta filosofia é tendenciosa e
cheia de preconceitos, sendo defendida tradicionalmente pela classe
privilegiada que acredita que filho de peixe é peixinho, ou seja, filho de
médico é médico, porém se o filho do analfabeto se esforçar ... e se ele não
venceu é porque não se esforçou o suficiente. Muito preconceito continuísta
junto.
O que temos de lutar é por uma escola mais formativa, cujo
ensino NAO seja calcado na lição de casa que auxilie a família a formar hábitos, valores morais e éticos com seus filhos uma
vez que este é o papel da família e não ensinar a ler, a pesquisar, a fazer contas, a interpretar.
Podemos ter uma escola que respeitando a cultura familiar e comunitária
possa auxiliar a família a ter uma relação afetiva positiva valorizando a
formação de hábitos e valores como solidariedade, compartilhamento,
responsabilidade social, sustentabilidade e principalmente ter uma relação
amorosa que privilegia e promove a cidadania e a democracia.
Convido todos a conhecerem o III Manifesto pela Educação <curto.co/3manifesto> que oferece soluções
para Mudar a Escola, Melhorar a Educação: Transformar um País.
curto.com/3manifesto
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