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quinta-feira, 31 de março de 2016

ALERTA SOBRE SISTEMAS DE ENSINO E AS GRÁFICAS ESTRANGEIRAS QUE APORTAM EM NOSSA PÁTRIA EDUCADORA


Venho escrevendo e alertando sobre apostilas serem comercializadas como sendo SISTEMAS DE ENSINO. Isto vem me preocupando desde 1980 e considero fatos significativos que muito me preocupam as últimas notícias sobre o uso de apostilas em universidades de formação de professores.

No lugar de Mudarem a Escola, mudam os livros e consideram que estão modificando o SISTEMA ESCOLAR melhorando sua qualidade. Pude constatar, através de visitas e entrevistas com estudantes adolescentes suecos, em 2011 o quanto a qualidade da rede pública da Suécia, caiu com a chegada do domínio das apostilas Sistemas de Ensino que transformaram as escolas em usuárias de apostilas com cara de livros.

Tenho medo também de que este movimento de Currículo Único Nacional (BNCCE) sirva de base para mudar todos os livros de nossa rica Pátria Educadora e introduzir de vez as obras editadas e impressas por este parque gráfico estrangeiro que aportou por estas paragens.

Hoje, março de 2016, pela primeira vez ouvi um eco para minha voz quando li considerações de José Pacheco, Denise Vilardo e Regina Potenza conversando com nosso amigo André Stábile em um e-mail coletivo de troca de ideias do Movimento Românticos Conspiradores cujo endereço para quem quer participar está aberto e é:
rc@lists.aquifolium.biz

Para poder comunicar e registrar meus temores vou transcrever aqui alguns parágrafos que escrevi ao longo destes últimos 15 anos desde a compra das principais franquias brasileiras como COC, Dom Bosco, pela Pearson americana, editora da revista Time.

15 anos se passaram e com tristeza posso complementar este artigo em 2016 constatando que a propagação e validação do Sistemas de Ensino vulgo Apostila, está indo de "vento em  popa" e como expressão do sucesso podemos observar sobre a venda da Editora Saraiva e o Somos Educação ser um grupo estrangeiro dominando o mercado didático brasileiro e agora entrando nas universidade para perpetuarem o sistema e fazerem a cabeça dos novos formandos de que livro do sistema é o melhor.
Para quem quer ler sobre a transação milionária que foi autorizada modificando a lei de porcentagem de capital nacional nas indústrias dentro do território nacional, o link é:

http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/cade-aprova-compra-da-saraiva-pela-somos-educacao

Esta modificação de leis, prática criticada e denunciada no livro  "Revolução dos Bichos" de  George Orwell, é o que produz esta quantidade de normativas que rodeiam e remendam nossa lei de diretrizes de base que desde 1972 tenta considerar o Ensino Fundamental como um TODO e as normativas ainda o conserva como um curso em duas fases como antes de 72, tempo em que se chamavam primário e ginásio e hoje chamam-se Fund I e Fund II.


Em 2011, dois anos antes do nosso III Manifesto pela educação escrevi este artigo
http://uipi.com.br/colunas/2011/01/07/tecnologia-na-educacao-i-sistema-de-ensino-ou-coletanea-de-apostilas/
onde denuncio e alerto para a entrada das gráficas estrangeiras em nosso BRASIL.

Hoje, março de 2016, pela primeira vez ouvi um eco a minha voz e preocupações em um  nestes e-mails e resolvi escrever um complemento que havia trocado por e-mail com Regina Potenza sobre o risco de termos universidades formando reprodutores de ensinagem através das páginas de uma apostila.


Resolvi então republicar meu artigo escrito para uma plataforma da TV Vitoriosa (repetidora da SBT do Triângulo Mineiro) e publicar tudo em meu blog cidadã na esperança de encontrar outros cérebros cidadãos que ouvirão meus clamores e farão parte do batalhão que vai colocar a "boca no trombone" e alertar a Pátria Educadora que há OUTRAS MANEIRAS DE FAZER DIFERENTE COM MUITO MAIS EFICIÊNCIA DO QUE SE FAZIA NO SÉCULO XIX.

domingo, 27 de março de 2016

Carta ao jornalista Ademir Reis

Ademir Reis de Uberlândia - MG
Saudações ao jornalista amigo que acompanha minha trajetória educacional desde as décadas de 70 e 80 quando teve seus três filhos e sobrinhas estudando em minha escola Polyana e posteriormente Colégio Anglo-Polyana.
Sou grata pela edição do jornal Gazeta de Uberlândia que você me enviou. 
É muito bom ter noticias de Uberlândia principalmente nesta fase em que me encontro trabalhando em São Paulo no espraiamento do III Manifesto pela Educação, movimento nacional de educadores que anseiam Mudar a Escola, Melhorar a Educação, Transformar um País.

É um absurdo a pátria de Paulo Freire, Anísio Teixeira, Eurípedes Barsanulfo, Florestan Fernandes e tantos outros cientistas da educação possuir uma escola que exclui 3 milhões de jovens por ano, condenando-os ao vale do Nem <nem estuda e nem trabalha> e possuir 30 milhões de analfabetos.

 Absurdo maior ainda é vermos na mídia propagandas enganosas dizendo que nossa educação está em pleno progresso, que somos “Cidade Educadora”; “Pátria Educadora” e que fizemos muitos avanços quando na verdade nem sequer a obediência legal de oferecer vagas a todas as crianças ainda cumprimos. Tais propagandas levam a população a acreditar que qualidade educacional, que investir em educação é ofertar vagas, professores e prédios escolares.
Desta maneira a população engole abusos autoritários, abandonos pré-conceituosos, diagnósticos que provocam exclusão, em nome de “não perder a vaga”.


Fernando Azevedo escreveu o I e II Manifesto pela Educação que foram sufocados pelas ditaduras Vargas e Militar, Deus me presenteou com a honra de ser a organizadora do III Manifesto e enquanto tiver forças para reunir pessoas, dedos para escrever denunciando os absurdos educacionais e voz para falar que é possível fazer diferente, estarei nesta peleja.
Estas são fotos de nossas reuniões em São Paulo, onde estávamos organizando estratégias para promover discussões sobre o terceiro manifesto em diferentes cidades brasileiras. 



Abraços e parabéns pelo novo visual do Jornal Gazeta de Uberlândia, belo trabalho. 
ElyPaschoalick